– Fale sobre sua participação no FIT-BH (espetáculos, oficinas e/ou outras funções).
O Teatro Público participou da edição de 2012 do FIT- BH com seu primeiro espetáculo, “Naquele Bairro Encantado”, criado e apresentado no bairro Lagoinha. Para o grupo foi uma experiência marcante, pois como o espetáculo foi criado e apresentado nas ruas do bairro Lagoinha, levar o FIT e o público do festival para lá foi um acontecimento muito importante.
– Você poderia nos contar algumas das suas lembranças ou momentos marcantes do FIT BH?
O episódio da serenata, que fazia parte do “Naquele Bairro Encantado”, que foi apresentado no FIT, foi talvez a serenata que mais encheu de gente na rua. Lembro-me de uma multidão atenta seguindo os velhos mascarados de casa em casa durante todo o espetáculo.
– Qual a importância que você vê em um festival internacional como o FIT-BH para a cidade e para o país?
O FIT é um patrimônio da cidade, e isso é algo muito forte. Um patrimônio que não é material, mas que é experiencial. Experiência coletiva e social em torno do teatro. Isso é maravilhoso. Ele tem uma grande importância na construção histórica do teatro em Belo Horizonte. Gerações de artistas vão se fazendo conectadas e influenciadas pelo festival. Hoje há inúmeras dificuldades de se pensar um festival desta magnitude que funcione bem para uma cidade tão grande. O festival ainda tem muito para crescer e se aprimorar em vários aspectos, mas é interessante também pensar o FIT enquanto um processo, um processo de criação e construção ininterrupto.
O grupo Teatro Público nasceu em 2011 e, atualmente, é formado pelos artistas Larissa Alberti, Marcelo Alessio, Rafael Bottaro e Rafaela Kênia. . A partir de princípios do teatro em diálogo com a intervenção urbana e com a performance, o grupo experimenta novas formas de relação entre teatro e sociedade, atribuindo destaque especial ao potencial da ficção no cotidiano da cidade, a ocupação de espaços não convencionais, e a investigação de novas formas de relação com o espectador. Ao colocar o espaço urbano e seus habitantes como elementos centrais da cena, as ações desenvolvidas procuram focar e problematizar as relações entre atores, público e o espaço e acontecimento teatral.
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